domingo, 22 de maio de 2011

atividade paranormal 2

Envolta em muito mistério, a continuação do sucesso lançado no ano passado veio cercada de tanto segredo que apenas duas fotos promocionais foram divulgadas pelo estúdio. Nunca se viu nada parecido.
Assim como o primeiro filme, “Atividade Paranormal 2″, dirigido por Tod Williams (do drama “Provocação”), não tem créditos iniciais, começando com os já famosos letreiros que dão aquele ar de que a coisa toda é verídica – e que chega até a enganar alguns. A utilização desse recurso de câmera na mão ou fixa em lugares estratégicos é um modo de usar a suspensão da descrença por meio de um registro documental. E já se mostrou bem eficiente em outros filmes – o mais famoso, claro, ainda é “A Bruxa de Blair” (1999).

O mistério tem início logo nas primeiras sequências, já que Katie Featherston, a protagonista do primeiro filme, também aparece no segundo. A nova casa mal-assombrada é a residência de sua irmã, que vive com um marido, a filha adolescente e mais um bebê.
O número de testemunhas dos fenômenos é bem maior que no primeiro filme. Além da família, há também a figura de uma empregada doméstica latina, que tem conhecimentos de ocultismo e percebe que a casa está carregada com algum tipo de energia negativa. Mas ela é logo demitida quando o dono da casa a vê fazendo preces numa espécie de ritual.

Assim como no primeiro filme, o marido se mostra cético, enquanto as mulheres revelam-se mais sensíveis aos fenômenos paranormais. Desta vez, porém, a filha adolescente também sente a atividade e o filho pequeno tem a habilidade de ver algo que os adultos não vêem, como se pode constatar na cena em que a mãe do garoto, com a câmera na mão, tenta chamar a atenção da criança e ela fica olhando para outro lugar.
Outra diferença está no fato de que há também mais câmeras pela casa – e não apenas uma como no primeiro filme. O uso das câmeras amadoras transmite uma sensação de familiaridade na franquia, ao mesmo tempo que desarma o espectador para as surpresas, que vão surgindo a partir do entrelaçamento com os eventos de “Atividade Paranormal”. Algumas cenas são mesmo de arrepiar, rendendo mais sustos que o filme de 2009. Só não é melhor porque, no quesito originalidade, repete o mesmo formato anterior.

Há que se dar o devido crédito às mentes criativas, os roteiristas Michael R. Perry (séries “Dead Zone” e “Persons Unknown”), Christopher B. Landon (“Paranóia”) e Tom Pabst, que fizeram mais do que uma simples continuação, ampliando o contexto do filme original.
A estratégia de mistério e a reviravolta na trama deu certo. Em seu fim de semana de estreia, “Atividade Paranormal 2″ conquistou o 1º lugar nas bilheterias americanas. Mais que isso: tornou-se o filme de terror mais rentável lançado próximo ao Halloween desde “O Grito”, em 2004. Podem apostar que teremos “Atividade Paranormal 3″ em breve.
Postado pelo aluno luiz

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