Sinopse
Grávida de seu primeiro filho, Laura (Elisabeth Shue, de Despedida em Las Vegas) está vivendo o momento mais feliz de sua vida. No entanto, depois do nascimento da pequena Jéssica, aos poucos a rotina vai se tornando dolorosa para a mãe de primeira viagem. Deprimida, angustiada e quase sempre sozinha devido às ausências constante do marido, Laura passa por uma série de incidentes estranhos em sua nova moradia, incluindo os aparecimentos de uma estranha boneca de brinquedo, uma suposta maldição e suspeitíssima babá da menina. Alguém parece estar perseguindo Laura, tentando tomar-lhe o bebê. Mas ela não consegue mais distinguir a realidade de seus pesadelos, e ninguém mais sabe o que pode acontecer. Prepare-se para um final chocante e surpreendente!
Fonte.www.interfilmes.com
Feito pela aluna.Ana Beatriz
cinema
domingo, 26 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Pequenos Espiões 4
Na trama, Marissa Cortez Wilson (Jessica Alba) é uma espiã aposentada que é reativada pela agência para a qual trabalhava, para combater a ameaça de Time Keeper (Jeremy Piven), vilão que quer congelar o tempo. A missão fica mais difícil porque o marido de Marissa, vivido por Joel McHale, é um repórter de TV que desmascara espiões. E piora porque os enteados dela (Rowan Blanchard e Mason Cook, os novos pequenos espiões) odeiam a madrasta. O longa, que servirá de recomeço para a cinessérie, tem também participações especiais de Antonio Banderas, Danny Trejo, Alexa Vega e Daryl Sabara, da trilogia inicial.
Robert Rodriguez dirige em 3-D. A Dimension Films lança Pequenos Espiões 4 em 19 de agosto, nos EUA.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/pequenos-espioes-4/
Robert Rodriguez dirige em 3-D. A Dimension Films lança Pequenos Espiões 4 em 19 de agosto, nos EUA.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/pequenos-espioes-4/
Os Smurfs
Mal saiu o comercial que estará hoje na final do American Idol, e a Sony Pictures Animation divulgou o primeiro trailer completo de Os Smurfs. O vídeo mostra Gargamel invadindo a vila, a chegada dos pequeninos a Nova York e Neil Patrick Harris tentando entender o que está fazendo ali no meio.
O filme começa com Gargamel (Hank Azaria) finalmente encontrando a vila dos Smurfs. No desenho seu desejo era transformá-los em ouro; no filme, Gargamel quer capturar os Smurfs para tê-los como amuletos. Assustados, liderados pelo Smurf Desastrado, os pequeninos entram numa gruta proibida. Como é lua cheia, eles acabam transportados por um portal para o Central Park, em Nova York... Lá, Desastrado, Ranzinza, Smurfette, Gênio, Papai Smurf e Valente encontram refúgio com o casal vivido por Neil Patrick Harris e Jayma Mays.
The Smurfs será lançado tanto em 3-D quanto em 2-D, em 5 de agosto. O roteiro é de David Stem e David Weiss, dupla de Shrek 2 e 3. Raja Gosnell (Perdido pra Cachorro) dirige.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/videos/os-smurfs-trailer-2/
O filme começa com Gargamel (Hank Azaria) finalmente encontrando a vila dos Smurfs. No desenho seu desejo era transformá-los em ouro; no filme, Gargamel quer capturar os Smurfs para tê-los como amuletos. Assustados, liderados pelo Smurf Desastrado, os pequeninos entram numa gruta proibida. Como é lua cheia, eles acabam transportados por um portal para o Central Park, em Nova York... Lá, Desastrado, Ranzinza, Smurfette, Gênio, Papai Smurf e Valente encontram refúgio com o casal vivido por Neil Patrick Harris e Jayma Mays.
The Smurfs será lançado tanto em 3-D quanto em 2-D, em 5 de agosto. O roteiro é de David Stem e David Weiss, dupla de Shrek 2 e 3. Raja Gosnell (Perdido pra Cachorro) dirige.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/videos/os-smurfs-trailer-2/
Entranfo Numa Fria Maior Anida Com A Família
Parece que tem gente em Hollywood que trabalha da seguinte forma: pegue tudo o que deu certo nos outros filmes, misture e vamos para o set de filmagens. E é assim que nascem as grandes "catástrofes" cinematográficas.
Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (Little Fockers) entra nessa lista como típico projeto que está errado desde o começo. No caso, desde o seu título, que dá a entender que os gêmeos Fornika serão peça fundamental à trama. Não são. A série continua centrada na rixa entre sogro e genro, no caso, Jack Byrnes (Robert De Niro) e Greg Fornika (Ben Stiller).
E que me perdoem os que encaram a informação acima como spoiler. Eu a vejo mais como uma alerta pelo que está por vir.
Na história, depois de sofrer um infarto e ver sua outra filha se separando do marido, um promissor médico, Jack tem como última alternativa na linha de sucessão de sua família Greg Fornika. Mas mesmo sendo chefe dos enfermeiros e tendo uma casa quase pronta para alojar sua família, Greg ainda não caiu totalmente nas graças de Jack. E a situação só piora quando o ex-agente da CIA descobre caixas de um remédio para disfunção erétil entre suas coisas, e telefonemas e fotos de uma tal Andi Garcia, interpretado por Jessica Alba. Começa então uma investigação para tentar descobrir se eles estão tendo um caso.
E ainda na esperança de uma "correção de curso", Jack tenta mais uma vez empurrar sua filha para cima do investidor gente-boa e boa-vida Kevin Rawley (Owen Wilson), causando situações constragedoras no casal, que corre para arrumar os últimos detalhes para a festa de cinco anos dos gêmeos Samantha e Henry.
Paralelo a isso, há remendos que posicionam mais uma vez Dustin Hoffman e Barbra Streisand na história, mas desta vez sem importância alguma à trama, apenas aumentando o grau de vergonha-alheia que este filme pode causar à carreira de astros consagrados. Só mesmo os polpudos cheques que incharam o orçamento para 130 milhões de dólares para explicar porque eles estão ali.
Eles devem estar rindo à toa. E só eles, porque a série perdeu totalmente a graça. Piadas com vômito, viagra, acidentes envolvendo facas e O Poderoso Chefão estão mais gastas que as técnicas da CIA utilizadas por Jack, que aprende no "call-center" da Agência de espionagem a utilizar um site chamado "Google". Salve sua família de entrar numa fria maior ainda ficando em casa ou escolhendo outro filme para ver neste fim de semana.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/cinema/entrando-numa-fria-maior-ainda-com-familia-critica/
Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (Little Fockers) entra nessa lista como típico projeto que está errado desde o começo. No caso, desde o seu título, que dá a entender que os gêmeos Fornika serão peça fundamental à trama. Não são. A série continua centrada na rixa entre sogro e genro, no caso, Jack Byrnes (Robert De Niro) e Greg Fornika (Ben Stiller).
E que me perdoem os que encaram a informação acima como spoiler. Eu a vejo mais como uma alerta pelo que está por vir.
Na história, depois de sofrer um infarto e ver sua outra filha se separando do marido, um promissor médico, Jack tem como última alternativa na linha de sucessão de sua família Greg Fornika. Mas mesmo sendo chefe dos enfermeiros e tendo uma casa quase pronta para alojar sua família, Greg ainda não caiu totalmente nas graças de Jack. E a situação só piora quando o ex-agente da CIA descobre caixas de um remédio para disfunção erétil entre suas coisas, e telefonemas e fotos de uma tal Andi Garcia, interpretado por Jessica Alba. Começa então uma investigação para tentar descobrir se eles estão tendo um caso.
E ainda na esperança de uma "correção de curso", Jack tenta mais uma vez empurrar sua filha para cima do investidor gente-boa e boa-vida Kevin Rawley (Owen Wilson), causando situações constragedoras no casal, que corre para arrumar os últimos detalhes para a festa de cinco anos dos gêmeos Samantha e Henry.
Paralelo a isso, há remendos que posicionam mais uma vez Dustin Hoffman e Barbra Streisand na história, mas desta vez sem importância alguma à trama, apenas aumentando o grau de vergonha-alheia que este filme pode causar à carreira de astros consagrados. Só mesmo os polpudos cheques que incharam o orçamento para 130 milhões de dólares para explicar porque eles estão ali.
Eles devem estar rindo à toa. E só eles, porque a série perdeu totalmente a graça. Piadas com vômito, viagra, acidentes envolvendo facas e O Poderoso Chefão estão mais gastas que as técnicas da CIA utilizadas por Jack, que aprende no "call-center" da Agência de espionagem a utilizar um site chamado "Google". Salve sua família de entrar numa fria maior ainda ficando em casa ou escolhendo outro filme para ver neste fim de semana.
Feito pela aluna Lígia
Fonte:http://www.omelete.com.br/cinema/entrando-numa-fria-maior-ainda-com-familia-critica/
Sr. e Sra. Smith
Título original:(Mr. and Mrs. Smith)
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Doug Liman
Atores: Brad Pitt, Angelina Jolie, Elijah Alexander, Theresa Barrera.
Duração: 115 min
Gênero: Aventura
Status: Arquivado
Elenco:Elijah Alexander (Marco Racin)
Theresa Barrera (Janet)
Ron Bottitta (Charlie)
Adam Brody (Benjamin)
Greg Ellis (Curtis)
Rachael Huntley (Suzy Coleman)
Peter Lavin (Mickey)
Sinopse:
John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) trabalham como assassinos de aluguel. Eles são também casados, mas um não sabe do trabalho do outro e vivem atualmente uma vida entediada. A situação entre eles muda de rumo quando cada um recebe um novo trabalho de sua respectiva agência, que faz com que eles se encontrem para realizar a mesma missão.
Ppstado pela aluna Lígia
Fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/sr-e-sra-smith/
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Doug Liman
Atores: Brad Pitt, Angelina Jolie, Elijah Alexander, Theresa Barrera.
Duração: 115 min
Gênero: Aventura
Status: Arquivado
Elenco:Elijah Alexander (Marco Racin)
Theresa Barrera (Janet)
Ron Bottitta (Charlie)
Adam Brody (Benjamin)
Greg Ellis (Curtis)
Rachael Huntley (Suzy Coleman)
Peter Lavin (Mickey)
Sinopse:
John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) trabalham como assassinos de aluguel. Eles são também casados, mas um não sabe do trabalho do outro e vivem atualmente uma vida entediada. A situação entre eles muda de rumo quando cada um recebe um novo trabalho de sua respectiva agência, que faz com que eles se encontrem para realizar a mesma missão.
Ppstado pela aluna Lígia
Fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/sr-e-sra-smith/
domingo, 22 de maio de 2011
filme thor
O filme de Thor começou a ter divulgados seus clipes. Esta página será atualizada até o lançamento com novos segmentos da adaptação para as telas dos quadrinhos da Marvel.
Thor estreia no Brasil em 29 de abril, uma semana antes dos EUA. Enquanto o dia não chega, fique com o material que o Omelete já publicou do filme. Temos entrevistas com Kenneth Branagh e o produtor Kevin Feige, Chris Hemsworth, Natalie Portman e Kat Dennings, Tom Hiddleston eClark Gregg, além de uma visita ao set de Thor.
Postado pelo aluno luiz
Thor estreia no Brasil em 29 de abril, uma semana antes dos EUA. Enquanto o dia não chega, fique com o material que o Omelete já publicou do filme. Temos entrevistas com Kenneth Branagh e o produtor Kevin Feige, Chris Hemsworth, Natalie Portman e Kat Dennings, Tom Hiddleston eClark Gregg, além de uma visita ao set de Thor.
Postado pelo aluno luiz
filme a origem
Já vou avisando, logo mais, vou contar o final do filme. Esta crítica é essencialmente para aqueles que viram o filme. Mas, para quem ainda não assistiu, vou começar com um aperitivo.
Neste filme Christopher Nolan, Leonardo Dicaprio é Dom Cobb, especialista em roubar segredos dos sonhos das pessoas. Ele recebe proposta para introduzir uma ideia na mente de um grande empresário. Além dos riscos comuns ao universo etéreo dos sonhos, Cobb é perseguido pelas lembranças de sua mulher, que busca frustrar suas missões.
Até perto do final, podemos pensar o filme tanto como um excelente filme de ação/suspense, quanto como uma alusão à manipulação que podemos sofrer. Enquanto o grupo de Cobb arma o ataque à mente de Fisher (personagem de Cillian Murphy), descrevem-se as dificuldades de se inserir uma ideia na cabeça de alguém. É obvio pensar o filme como alegoria da brutalidade das ideologias em nossas vidas.
Para entrar na mente de uma pessoa, é preciso que alguém construa o espaço do sonho, o qual será povoado pelo inconsciente da vítima. É quando Ariadne (Ellen Page) entra no enquadramento como a arquiteta responsável por construir os sonhos. Depois de Cobb apresentar as (im)possibilidades dos sonhos, Ariadne inicialmente se recusa, para logo voltar dizendo que, nos sonhos, a criatividade pura! Seria uma alusão às tentações que a arte pode provocar?
Daí o filme toma a forma de clássicos filmes de assalto: treinamento/planejamento seguido da execução com os devidos imprevistos. Tudo acompanhado de excelentes sequências de ação e cenários de encher os olhos.
Nolan consegue, com a premissa dos sonhos dentro de sonhos, fazer um filme de assalto difícil de imaginar um final e que justifica as cenas de ação. Uma das mais empolgantes é a de Arthur (Joseph Gordon-Levitt), em gravidade zero, tentando reunir os dorminhocos. As lutas enquanto o cenário gira são espetaculares. E um parêntese: Levitt está ótimo, deixando sua marca com uma interpretação contida.
Agora tirem as crianças e os que não assistiram ao filme da sala. Vou contra o final para demonstrar o porquê o filme vale a pena!
Já? Só os maiores e os que já foram ao cinema?!
Cobb é perseguido, em todos os sonhos, pelas lembranças da esposa Mal (Marion Cotillard). Ela quer acabar com suas ações. Ao poucos, vamos descobrindo que ambos foram fundo nos sonhos. Construíram um mundo onde eles teriam vividos 50 anos. Porém, quando acordaram, depois de algumas horas, talvez um dia, Mal caiu em depressão e continuou a pensar que estava em um sonho, e se matou.
Por isso, Cobb se tornou perseguido nos EUA. Mas, ele deseja rever os filhos. A última lembrança é eles de costas brincando no jardim.
Próximo ao final, ele consegue voltar aos Estados Unidos. Já em casa, enquanto aguarda seus filhos, ele roda um peão. Este é seu totem. Os totens são uma referência para a pessoa saber se está sonhando ou não. Sempre quando o gira e ele não cai, Cobb sabe que está dormindo.
A última imagem é do peão rodando. Ele não cai. Logo pensamos: que bomba de filme, ele estava sonhando o tempo todo. Realmente, todas as pistas deixadas ao longo da projeção fazem concluir que Cobb estava dentro de vários sonhos. São como aquelas bonecas russas, uma dentro da outra.
O peão aparentemente não caiu. Nas mãos de um inexperiente, esse detalhe faria tudo desmoronar. Nolan consegue, com esse detalhe, fornecer uma chave para interpretarmos o filme de maneiras não sonhadas durante sua projeção. Já assisti muitos filmes que, perto do fim, joga-se tudo pro alto com uma reviravolta só para garantir um “fecho surpreendente”. Outros gostam de deixar a dúvida se o que vimos foi realidade ou não.
“A Origem” evita o clichê ao abrir possibilidades interpretativas. Esse peão que não vemos cair permite pensarmos que Cobb estava não apenas sonhando, mas tentando implantar a ideia de que regressara para sua casa e viveria feliz para sempre. E isso era tão complexo: ele precisou passar por milhares de camadas do inconsciente, pensando mesmo que estava acordado. Afinal, não era apenas uma ideia, mas a superação de um trauma.
O que diferencia este trabalho de Nolan de outros medíocres é podermos olhar para o filme e percebê-lo de maneira diferente. O que era antes um original filme de roubo, com algumas das mais vistosas cenas de ação dos últimos tempos, passa a ser uma alegoria do que um sujeito é capaz para superar um trauma. Você aceitaria se prender em um eterno sono para superar um trauma? Aceitaria viver eternamente um sonho para poder sentir a sensação de estar com as pessoas que ama?
Não é só o peão. Dando uma geral, percebemos outros elementos desse sonho: Cobb é perseguido em Mumbasa sem explicação; seus filhos matem a mesma idade/aparência; a sequência de abertura reaparece no fim. Outros podem ser encontramos em uma repeteco.
E se o leitor ainda não se convenceu das qualidades de “A Origem”, podemos dar uma leitura metalinguística. Qual a maior fábrica de sonhos conhecida? O cinema!
Nolan não faz como Shyamalan no subestimado “A Dama da Água”, no qual nos ensinou a criar um filme. Prefere questionar a confiança que depositamos no narrador do filme. Porém, faz uma pergunta diferente: você aceita tão fácil qualquer coisa que colocam na tela?
Toda obra de arte busca incutir algo em nossos discos rígidos. E discursos políticos, professores, pais, amigos... todos tentam colocar algo na nossa mente. E nem sempre notamos a manipulação. Quando vamos ao cinema, sabemos disso. Em outros casos não. E Cobb sabia e queria. E Você, quer ser invadido? Aceitaria trocar sua realidade por um sonho.
Antes de acabar queria falar mais duas coisas. Primeiro, Nolan está de parabéns. Enquanto as regras desse universo são expostas, consegue prender o expectador, sempre interessado em compreendê-las. Somos apresentados para um mundo imaginário de primeira! Ele construiu uma mitologia peculiar, do nível de “Matrix” e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças.” Apesar de não considera sua melhor obra (“Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Amnésia” ainda são os melhores), “A Origem” é ouro!
A segunda coisa: desconfiem quando falarem que a narrativa é difícil. Acho que essas pessoas dormiram na sessão e perderam esse sonho tão claro de Nolan. Ele consegue levar a trama com tranquilidade, sem deixar ninguém pelo meio do labirinto. No final, aí sim, ele nos larga no abismo!
Postado pelo aluno luiz
Neste filme Christopher Nolan, Leonardo Dicaprio é Dom Cobb, especialista em roubar segredos dos sonhos das pessoas. Ele recebe proposta para introduzir uma ideia na mente de um grande empresário. Além dos riscos comuns ao universo etéreo dos sonhos, Cobb é perseguido pelas lembranças de sua mulher, que busca frustrar suas missões.
Até perto do final, podemos pensar o filme tanto como um excelente filme de ação/suspense, quanto como uma alusão à manipulação que podemos sofrer. Enquanto o grupo de Cobb arma o ataque à mente de Fisher (personagem de Cillian Murphy), descrevem-se as dificuldades de se inserir uma ideia na cabeça de alguém. É obvio pensar o filme como alegoria da brutalidade das ideologias em nossas vidas.
Para entrar na mente de uma pessoa, é preciso que alguém construa o espaço do sonho, o qual será povoado pelo inconsciente da vítima. É quando Ariadne (Ellen Page) entra no enquadramento como a arquiteta responsável por construir os sonhos. Depois de Cobb apresentar as (im)possibilidades dos sonhos, Ariadne inicialmente se recusa, para logo voltar dizendo que, nos sonhos, a criatividade pura! Seria uma alusão às tentações que a arte pode provocar?
Daí o filme toma a forma de clássicos filmes de assalto: treinamento/planejamento seguido da execução com os devidos imprevistos. Tudo acompanhado de excelentes sequências de ação e cenários de encher os olhos.
Nolan consegue, com a premissa dos sonhos dentro de sonhos, fazer um filme de assalto difícil de imaginar um final e que justifica as cenas de ação. Uma das mais empolgantes é a de Arthur (Joseph Gordon-Levitt), em gravidade zero, tentando reunir os dorminhocos. As lutas enquanto o cenário gira são espetaculares. E um parêntese: Levitt está ótimo, deixando sua marca com uma interpretação contida.
Agora tirem as crianças e os que não assistiram ao filme da sala. Vou contra o final para demonstrar o porquê o filme vale a pena!
Já? Só os maiores e os que já foram ao cinema?!
Cobb é perseguido, em todos os sonhos, pelas lembranças da esposa Mal (Marion Cotillard). Ela quer acabar com suas ações. Ao poucos, vamos descobrindo que ambos foram fundo nos sonhos. Construíram um mundo onde eles teriam vividos 50 anos. Porém, quando acordaram, depois de algumas horas, talvez um dia, Mal caiu em depressão e continuou a pensar que estava em um sonho, e se matou.
Por isso, Cobb se tornou perseguido nos EUA. Mas, ele deseja rever os filhos. A última lembrança é eles de costas brincando no jardim.
Próximo ao final, ele consegue voltar aos Estados Unidos. Já em casa, enquanto aguarda seus filhos, ele roda um peão. Este é seu totem. Os totens são uma referência para a pessoa saber se está sonhando ou não. Sempre quando o gira e ele não cai, Cobb sabe que está dormindo.
A última imagem é do peão rodando. Ele não cai. Logo pensamos: que bomba de filme, ele estava sonhando o tempo todo. Realmente, todas as pistas deixadas ao longo da projeção fazem concluir que Cobb estava dentro de vários sonhos. São como aquelas bonecas russas, uma dentro da outra.
O peão aparentemente não caiu. Nas mãos de um inexperiente, esse detalhe faria tudo desmoronar. Nolan consegue, com esse detalhe, fornecer uma chave para interpretarmos o filme de maneiras não sonhadas durante sua projeção. Já assisti muitos filmes que, perto do fim, joga-se tudo pro alto com uma reviravolta só para garantir um “fecho surpreendente”. Outros gostam de deixar a dúvida se o que vimos foi realidade ou não.
“A Origem” evita o clichê ao abrir possibilidades interpretativas. Esse peão que não vemos cair permite pensarmos que Cobb estava não apenas sonhando, mas tentando implantar a ideia de que regressara para sua casa e viveria feliz para sempre. E isso era tão complexo: ele precisou passar por milhares de camadas do inconsciente, pensando mesmo que estava acordado. Afinal, não era apenas uma ideia, mas a superação de um trauma.
O que diferencia este trabalho de Nolan de outros medíocres é podermos olhar para o filme e percebê-lo de maneira diferente. O que era antes um original filme de roubo, com algumas das mais vistosas cenas de ação dos últimos tempos, passa a ser uma alegoria do que um sujeito é capaz para superar um trauma. Você aceitaria se prender em um eterno sono para superar um trauma? Aceitaria viver eternamente um sonho para poder sentir a sensação de estar com as pessoas que ama?
Não é só o peão. Dando uma geral, percebemos outros elementos desse sonho: Cobb é perseguido em Mumbasa sem explicação; seus filhos matem a mesma idade/aparência; a sequência de abertura reaparece no fim. Outros podem ser encontramos em uma repeteco.
E se o leitor ainda não se convenceu das qualidades de “A Origem”, podemos dar uma leitura metalinguística. Qual a maior fábrica de sonhos conhecida? O cinema!
Nolan não faz como Shyamalan no subestimado “A Dama da Água”, no qual nos ensinou a criar um filme. Prefere questionar a confiança que depositamos no narrador do filme. Porém, faz uma pergunta diferente: você aceita tão fácil qualquer coisa que colocam na tela?
Toda obra de arte busca incutir algo em nossos discos rígidos. E discursos políticos, professores, pais, amigos... todos tentam colocar algo na nossa mente. E nem sempre notamos a manipulação. Quando vamos ao cinema, sabemos disso. Em outros casos não. E Cobb sabia e queria. E Você, quer ser invadido? Aceitaria trocar sua realidade por um sonho.
Antes de acabar queria falar mais duas coisas. Primeiro, Nolan está de parabéns. Enquanto as regras desse universo são expostas, consegue prender o expectador, sempre interessado em compreendê-las. Somos apresentados para um mundo imaginário de primeira! Ele construiu uma mitologia peculiar, do nível de “Matrix” e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças.” Apesar de não considera sua melhor obra (“Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Amnésia” ainda são os melhores), “A Origem” é ouro!
A segunda coisa: desconfiem quando falarem que a narrativa é difícil. Acho que essas pessoas dormiram na sessão e perderam esse sonho tão claro de Nolan. Ele consegue levar a trama com tranquilidade, sem deixar ninguém pelo meio do labirinto. No final, aí sim, ele nos larga no abismo!
Postado pelo aluno luiz
Assinar:
Postagens (Atom)